Prometo que o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura não me está a pagar para fazer publicidade aos eventos ali realizados e que o facto dos três últimos posts dizerem respeito aquele espaço é pura coincidência. A verdade é que nas minhas últimas deslocações a Guimarães no âmbito da Capital Europeia da Cultura acabo por ali ir parar e neste caso fui propositadamente para assistir à palestra de James Elkins, professor na Escola do Art Institute of Chicago. James Elkins é autor de várias publicações no campo da História da Arte e dos Estudos Visuais, tendo-se focado numa reflexão sobre a prática historiográfica e temas que são habitualmente ignorados ou considerados incómodos por essa prática. A sistemática e cirúrgica análise da escrita sobre arte permite inscrever grande parte da sua obra num campo de meta-história da arte e meta-teoria da arte.
Esta foi uma iniciativa conjunta do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Guimarães 2012, Capital Europeia da Cultura – Reimaginar Guimarães. "Arquivar Cidades: Documento, Ciência, Autoria" pretendia ser o ponto de partida para uma conversa informal com James Elkins à volta das questões que os Arquivos Fotográficos levantam: como se arquiva uma cidade em imagens, o que é uma imagem de arquivo, quais as fronteiras entre imagem-documento e imagem artística, que conhecimento nos pode dar uma imagem, o que é uma imagem fotográfica.
Na realidade a palestra, na minha opinião, desviou-se do tema proposto, tendo sido conduzida na linha de uma palestra ministrada em Chicago, seguindo quatro pontos chave: A Critica Pós-estrutural; Mostrar versus Dizer; O Lugar da estética; Projectos que classificam. No geral foi interessante ainda que ficasse aquém do esperado. Mas é excelente ver este tipo de iniciativa e os meus parabéns à organização. Fico à espera da próxima.
Fotografia © Nuno Ferreira
É permitida a reprodução apenas para uso pessoal e educacional. O uso com fins comerciais é proibido.
Photography © Nuno Ferreira
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Espaço de partilha, ponto de partida e ponto de encontro, de ideias e de emoções, de tudo e de nada. Espaço de reflexão, de crítica e de opinião. Sobre a arte e sobre a ARTE. Sobre o artista e o artesão. Sobre o intelectual e o analfabeto. Sobre os escolásticos e os da escola da vida. Feel free to join in. Eu não mordo. Bem... pelo menos nem sempre.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Guimarães 2012: Selected Works 2005-2011
É como um voltar a casa deste fotógrafo nascido em Guimarães, em 1974. Os trabalhos aqui apresentados por Carlos Lobo, têm inicio no mesmo ano em que conclui o Mestrado em Imagem e Comunicação pela Goldsmiths University, em Londres. Ainda que o título desta exposição sugira uma retrospectiva, não é bem isso de que se trata. Será mais um olhar do artista sobre o seu próprio trabalho, sendo o ponto comum a ideia de paisagem. Apresentam-se trabalhos como os da série "Interior", da série "Imaginary film sets" e da série "Still There" para além de imagens mais recentes, realizadas em 2011 no Japão. A visitar.
Fotografia © Nuno Ferreira
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Guimarães 2012: A Cidade da Muralha
Numa primeira abordagem a Guimarães 2012, Capital Europeia da Cultura, visitei a exposição "A Cidade da Muralha", integrada no projecto "Reimaginar Guimarães" que podem consultar em www.reimaginar.org. Esta exposição estará patente ao publico até ao dia 29 de Janeiro, no espaço que acolhe o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, situado na zona da Caldeiroa, a 3 minutos do centro histórico de Guimarães. Nesta exposição é apresentada uma selecção de fotografias provenientes da Colecção de Fotografia da Muralha, sendo a primeira apresentação do trabalho de arquivo que tem vindo a ser desenvovido com base nessa Colecção. A selecção mostra a cidade entre finais do século XIX até meados do século XX, propondo uma leitura relacional e narrativa das imagens.
Fotografia © Nuno Ferreira
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Feliz Natal / Merry Christmas
domingo, 18 de dezembro de 2011
Museu Colecção Berardo: VIK
Até ao dia 29 de Janeiro podemos visitar a exposição VIK, a maior retrospectiva do artista plástico Vik Muniz realizada até à data. No Museu Colecção Berardo, Centro Cultural de Belém (Lisboa), encontram-se patentes ao público mais de uma centena de trabalhos representativos da trajectória artística do artista nascido em São Paulo em 1961, actualmente radicado em Nova Iorque. Utilizando materiais fora do convencional, Vik Muniz cria obras, registadas em fotografia, a partir de suportes tão diversos como papel recortado, sucata, chocolate, geleia, manteiga de amendoim e/ou algodão. Vik Muniz cria assim uma relação provocadora entre os materiais utilizados e as referências a obras emblemáticas como a “Mona Lisa” de Leonardo da Vinci que é desta feita recriada com geleia ou manteiga de amendoim. Nos últimos anos, Vik Muniz tem-se dedicado à criação de obras de grande dimensão, destacando-se as séries esculpidas na terra (geoglifos) e as feitas a partir de lixo e sucata.
Seguem-se algumas imagens da exposição.
Tomadas de vista geral da exposição.
Tomadas de vista geral da exposição.
Série "Imagens de Terra" - "Binóculo" (1997) e "Torso, baseado em Frantisek Drtikol" (1997) - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem (ambas).
Série "Diamante" - "Monica Vitti" (2004) e "Elizabeth Taylor" (2004) - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem (ambas).
Série "Earthworks" - "Earthworks" (imagens de Earthworks), 2002 - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem.
Série "Açucar" - "O pequeno Calist não sabe nadar" (1996); O Grande James sua muito (1996); Valentina, a mais rápida (1996); Jachynthe adora sumo de laranja (1996); Valicia banha-se com a roupa de domingo (1996); O colar de erva de Ten Ten (1996) - Prova de gelatina sal de prata (todas).
"Duas Bandeiras" (2007) - Prova cromogénea.
Série "Rebus" - "Alice Liddell" (2004) - Prova cromogénea.
Série Mónadas - Cavalo (2003) (pormenor); Soldadinho de brinquedo (2003); Velho Cheyenne (2003) (pormenor) - Prova cromogénea (todas).
Tomada de vista geral da exposição.
"Jackies" (ketchup), 1999 - Prova cibachrome.
"Mona Lisa dupla" (manteiga de amendoim e geleia), 1999 - Prova cibachrome.
Série "Lixo" - "Saturno devorando seus filhos" (2005) - Prova cromogénea.
Série "Caviar" - Frankenstein (2004) - Prova cromogénea.
Fotografia © Nuno Ferreira
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Seguem-se algumas imagens da exposição.
Tomadas de vista geral da exposição.
Tomadas de vista geral da exposição.
Série "Imagens de Terra" - "Binóculo" (1997) e "Torso, baseado em Frantisek Drtikol" (1997) - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem (ambas).
Série "Diamante" - "Monica Vitti" (2004) e "Elizabeth Taylor" (2004) - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem (ambas).
Série "Earthworks" - "Earthworks" (imagens de Earthworks), 2002 - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem.
Série "Açucar" - "O pequeno Calist não sabe nadar" (1996); O Grande James sua muito (1996); Valentina, a mais rápida (1996); Jachynthe adora sumo de laranja (1996); Valicia banha-se com a roupa de domingo (1996); O colar de erva de Ten Ten (1996) - Prova de gelatina sal de prata (todas).
"Duas Bandeiras" (2007) - Prova cromogénea.
Série "Rebus" - "Alice Liddell" (2004) - Prova cromogénea.
Série Mónadas - Cavalo (2003) (pormenor); Soldadinho de brinquedo (2003); Velho Cheyenne (2003) (pormenor) - Prova cromogénea (todas).
Tomada de vista geral da exposição.
"Jackies" (ketchup), 1999 - Prova cibachrome.
"Mona Lisa dupla" (manteiga de amendoim e geleia), 1999 - Prova cibachrome.
Série "Lixo" - "Saturno devorando seus filhos" (2005) - Prova cromogénea.
Série "Caviar" - Frankenstein (2004) - Prova cromogénea.
Fotografia © Nuno Ferreira
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domingo, 2 de outubro de 2011
Porto - Sealife
Depois de visitar o Sealife no Porto fiquei com a vontade de partilhar aqui a minha experiência. Na verdade necessitei de uns dias para, a frio, fazer uma crítica mais isenta do que aquela que por certo sairia se tivesse elaborado este "post" nos dias seguintes à visita. Para quem conhece o Oceanário de Lisboa, ver este Sealife é algo como sair de Nova-Iorque para se meter em Braga. E recorro à imagem popularizada pelo saudoso António Variações porque na realidade Braga tem muito que ver e adoro lá ir. Será como o Sealife se percebermos que este espaço não é o Oceanário e que nem o pretende ser. Posto isto o que é o Sealife? É um espaço interessante para visitar em família, especialmente se tiverem crianças, e para ver alguns dos seres que povoam as nossas águas, desde os peixes mais comuns nos nossos rios, com destaque para o Rio Douro, às interessantes criaturas marinhas que percorrem os oceanos, como raias, tubarões e tartarugas. Uma critica menos positiva é o número reduzido de alguns espécimes. Um cavalo marinho. Uma tartaruga. Um gecko dourado. Um dragão d'água chinês. Assim parece um pouco pobre. E o preço das entradas não é assim tão baixo. Treze euros o bilhete de adulto e nove o bilhete reduzido (crianças até 12 anos, maiores de 55 e estudantes). Mas atenção que se comprarem o bilhete online o preço é substancialmente mais barato. Vale a pena efectuar a compra através da internet.
Resumindo e concluindo, não é uma má experiência, bem pelo contrario. O espaço tem imenso potencial e para famílias pode traduzir-se mesmo numa tarde bem passada.
Neste momento podem ainda encontrar a exposição temporária dedicada às Florestas Tropicais.
Deixo-vos com algumas imagens:
Peixe Vaca
Gecko Dourado
Dragão D'água Chinês
Fotografia © Nuno Ferreira
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Resumindo e concluindo, não é uma má experiência, bem pelo contrario. O espaço tem imenso potencial e para famílias pode traduzir-se mesmo numa tarde bem passada.
Neste momento podem ainda encontrar a exposição temporária dedicada às Florestas Tropicais.
Deixo-vos com algumas imagens:
Peixe Vaca
Gecko Dourado
Dragão D'água Chinês
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