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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Guimarães 2012: A Cidade da Muralha

Numa primeira abordagem a Guimarães 2012, Capital Europeia da Cultura, visitei a exposição "A Cidade da Muralha", integrada no projecto "Reimaginar Guimarães" que podem consultar em www.reimaginar.org. Esta exposição estará patente ao publico até ao dia 29 de Janeiro, no espaço que acolhe o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, situado na zona da Caldeiroa, a 3 minutos do centro histórico de Guimarães. Nesta exposição é apresentada uma selecção de fotografias provenientes da Colecção de Fotografia da Muralha, sendo a primeira apresentação do trabalho de arquivo que tem vindo a ser desenvovido com base nessa Colecção. A selecção mostra a cidade entre finais do século XIX até meados do século XX, propondo uma leitura relacional e narrativa das imagens.









Fotografia © Nuno Ferreira
É permitida a reprodução apenas para uso pessoal e educacional. O uso com fins comerciais é proibido.
Photography © Nuno Ferreira
Permission granted to reproduce for personal and educational use only. Commercial copying, hiring, lending is prohibited.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Museu Colecção Berardo: VIK

Até ao dia 29 de Janeiro podemos visitar a exposição VIK, a maior retrospectiva do artista plástico Vik Muniz realizada até à data. No Museu Colecção Berardo, Centro Cultural de Belém (Lisboa), encontram-se patentes ao público mais de uma centena de trabalhos representativos da trajectória artística do artista nascido em São Paulo em 1961, actualmente radicado em Nova Iorque. Utilizando materiais fora do convencional, Vik Muniz cria obras, registadas em fotografia, a partir de suportes tão diversos como papel recortado, sucata, chocolate, geleia, manteiga de amendoim e/ou algodão. Vik Muniz cria assim uma relação provocadora entre os materiais utilizados e as referências a obras emblemáticas como a “Mona Lisa” de Leonardo da Vinci que é desta feita recriada com geleia ou manteiga de amendoim. Nos últimos anos, Vik Muniz tem-se dedicado à criação de obras de grande dimensão, destacando-se as séries esculpidas na terra (geoglifos) e as feitas a partir de lixo e sucata.
Seguem-se algumas imagens da exposição.


Tomadas de vista geral da exposição.


Tomadas de vista geral da exposição.


Série "Imagens de Terra" - "Binóculo" (1997) e "Torso, baseado em Frantisek Drtikol" (1997) - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem (ambas).
Série "Diamante" - "Monica Vitti" (2004) e "Elizabeth Taylor" (2004) - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem (ambas).


Série "Earthworks" - "Earthworks" (imagens de Earthworks), 2002 - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem.
Série "Açucar" - "O pequeno Calist não sabe nadar" (1996); O Grande James sua muito (1996); Valentina, a mais rápida (1996); Jachynthe adora sumo de laranja (1996); Valicia banha-se com a roupa de domingo (1996); O colar de erva de Ten Ten (1996) - Prova de gelatina sal de prata (todas).


"Duas Bandeiras" (2007) - Prova cromogénea.
Série "Rebus" - "Alice Liddell" (2004) - Prova cromogénea.


Série Mónadas - Cavalo (2003) (pormenor); Soldadinho de brinquedo (2003); Velho Cheyenne (2003) (pormenor) - Prova cromogénea (todas).
Tomada de vista geral da exposição.


"Jackies" (ketchup), 1999 - Prova cibachrome.
"Mona Lisa dupla" (manteiga de amendoim e geleia), 1999 - Prova cibachrome.


Série "Lixo" - "Saturno devorando seus filhos" (2005) - Prova cromogénea.
Série "Caviar" - Frankenstein (2004) - Prova cromogénea.

Fotografia © Nuno Ferreira
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Photography © Nuno Ferreira
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domingo, 30 de janeiro de 2011

Primeiras Luzes



Deus disse: Haja luz. E houve luz. E Deus viu que a Luz era boa. E fez a separação entre luz e trevas.

Desde os primórdios do tempo que o Homem procura na luz a segurança, um consolo que preencha o vazio, uma resposta a uma pergunta por vezes não pronunciada. A primeira centelha de luz terá sido produzida no início de tudo, no meio do caos, num Universo que começava a compor-se e a organizar-se, como se a luz estivesse ali para dar-lhe um sentido, um caminho a percorrer. E com a luz, as cores, numa explosão de luz branca que aos poucos se estilhaça num infinito de matizes, num infinito condizente com o espaço e o tempo. Tempo que, num plano perfeito, dirige-se a nós, dando sentido a tudo o que existiu anteriormente. Nós. Eu. Você. Aquilo que valida tudo o que nos antecede. Tudo se organizou para chegar até aqui. A um determinado momento.

Ainda como formas de vida intra-uterinas começamos a percepcionar luz e cor. Predomina os vermelhos, quentes, apropriados ao útero, também ele quente, protector. Ao nascer, tal como no início de tudo, uma explosão de luz, fria, avassaladora, dá lugar, pouco a pouco, a uma imensidão de cores, sombras, imagens indefinidas, num êxtase sensorial que há-de começar a fazer sentido.

A fotografia nem sempre respeita uma ordem para que faça sentido. Mas se há algo incontornável na fotografia é a luz. Sem ela a fotografia não existe. Seria possível olharmos para uma fotografia que não tivesse no mínimo um ponto, ainda que ínfimo, de luz? Não seria isso a negação da própria fotografia?

O que se procura aqui não é a captura de imagens definidas ou perfeitas mas antes o ganhar consciência sobre a matéria comum à prática fotográfica. Como uma criança que começa a descobrir o que a rodeia. Aqui a ausência de formas e referências permite-nos centrar naquilo que era pretendido. Permite-nos olhar para uma cor e para a forma como esta se relaciona com uma outra, e outra ainda, como se mistura e se transforma. Vivemos tão rodeados de cor que já não a sentimos como tal. Um carro vermelho, um prédio amarelo, um casaco azul… são apenas adjectivos que se ligam a coisas. Mas um carro não deixa de ser um carro independentemente de ser vermelho ou amarelo ou azul. Mas o vermelho é vermelho, o amarelo é amarelo e o azul é azul independentemente se o são de facto. Aquilo que é vermelho para mim poderá não o ser para outro. E é também por isso é que a fotografia nunca deixa de ser algo pessoal, e a forma como escrevemos essa fotografia tão única como um texto manuscrito, com corações a fazer de pontinhos nos “is” ou qualquer outra marca que torna a nossa caligrafia diferente das outras.

“Primeiras Luzes” é o produto de um trabalho de pesquisa e experimentação, onde a luz e a cor são matéria-prima.

Nuno Ferreira, 2010.


Nota Biográfica
Nuno Ferreira nasceu no Porto em 1975. Na área da fotografia tem desenvolvido e colaborado em diversos projectos dos quais se destaca a participação em exposições colectivas (NFN, 2002-2005), publicações e colaboração em edições (Linguagem da Luz, 2001; Revista Águas Furtadas; Revista Espaço Con(tacto)), coordenação de exposições (KID5, 2001; Portugal Contemporâneo, 2002), edição fotográfica (Jornal Universitário do Porto, 2003-2004), reportagens fotográficas (Festival de Trebilhadouro, 2005, 2007 e 2009), entre outros. Tem vindo ainda a ministrar formação em fotografia na instituição Espaço T.


Na Internet:
Fundação da Juventude (27/01/2011)
Guia da Baixa do Porto (30/01/2011)
pportodosmuseus (31/01/2011)
Cultura Online (01/02/2011)
Artist Level (01/02/2011)
Escape by Expresso (02/02/2011)
Viajar Clix (04/02/2011)
Sapo Cultura (08/02/2011)
Camera Clube (12/02/2011)
Portugal Travel and Hotels Guide (12/02/2011)

sábado, 6 de novembro de 2010

Primeiras Luzes




Inauguração: 02/12/2010 - 18:00
Exposição: 03/12/2010 a 31/12/2010 - 10:00/13:00 e 14:00/18:00
Galeria Itinerante
Espaço T
Rua Infante D. Henrique, 246/248
Trofa, Portugal



Inauguração: 03/02/2011 - 21:00
Exposição: 04/02/2011 a 23/02/2011 (2ª a 6ª) - 10:00/19:00
Palácio das Artes - Fábrica de Talentos
Fundação da Juventude
Largo de S. Domingos, 16/22
Porto, Portugal



Deus disse: Haja luz. E houve luz. E Deus viu que a Luz era boa. E fez a separação entre luz e trevas.

Desde os primórdios do tempo que o Homem procura na luz a segurança, um consolo que preencha o vazio, uma resposta a uma pergunta por vezes não pronunciada. A primeira centelha de luz terá sido produzida no início de tudo, no meio do caos, num Universo que começava a compor-se e a organizar-se, como se a luz estivesse ali para dar-lhe um sentido, um caminho a percorrer. E com a luz, as cores, numa explosão de luz branca que aos poucos se estilhaça num infinito de matizes, num infinito condizente com o espaço e o tempo. Tempo que, num plano perfeito, dirige-se a nós, dando sentido a tudo o que existiu anteriormente. Nós. Eu. Você. Aquilo que valida tudo o que nos antecede. Tudo se organizou para chegar até aqui. A um determinado momento.

Ainda como formas de vida intra-uterinas começamos a percepcionar luz e cor. Predomina os vermelhos, quentes, apropriados ao útero, também ele quente, protector. Ao nascer, tal como no início de tudo, uma explosão de luz, fria, avassaladora, dá lugar, pouco a pouco, a uma imensidão de cores, sombras, imagens indefinidas, num êxtase sensorial que há-de começar a fazer sentido.

A fotografia nem sempre respeita uma ordem para que faça sentido. Mas se há algo incontornável na fotografia é a luz. Sem ela a fotografia não existe. Seria possível olharmos para uma fotografia que não tivesse no mínimo um ponto, ainda que ínfimo, de luz? Não seria isso a negação da própria fotografia?

O que se procura aqui não é a captura de imagens definidas ou perfeitas mas antes o ganhar consciência sobre a matéria comum à prática fotográfica. Como uma criança que começa a descobrir o que a rodeia. Aqui a ausência de formas e referências permite-nos centrar naquilo que era pretendido. Permite-nos olhar para uma cor e para a forma como esta se relaciona com uma outra, e outra ainda, como se mistura e se transforma. Vivemos tão rodeados de cor que já não a sentimos como tal. Um carro vermelho, um prédio amarelo, um casaco azul… são apenas adjectivos que se ligam a coisas. Mas um carro não deixa de ser um carro independentemente de ser vermelho ou amarelo ou azul. Mas o vermelho é vermelho, o amarelo é amarelo e o azul é azul independentemente se o são de facto. Aquilo que é vermelho para mim poderá não o ser para outro. E é também por isso é que a fotografia nunca deixa de ser algo pessoal, e a forma como escrevemos essa fotografia tão única como um texto manuscrito, com corações a fazer de pontinhos nos “is” ou qualquer outra marca que torna a nossa caligrafia diferente das outras.

“Primeiras Luzes” é o produto de um trabalho de pesquisa e experimentação, onde a luz e a cor são matéria-prima.

Nuno Ferreira, 2010.


Nota Biográfica
Nuno Ferreira nasceu no Porto em 1975. Na área da fotografia tem desenvolvido e colaborado em diversos projectos dos quais se destaca a participação em exposições colectivas (NFN, 2002-2005), publicações e colaboração em edições (Linguagem da Luz, 2001; Revista Águas Furtadas; Revista Espaço Con(tacto)), coordenação de exposições (KID5, 2001; Portugal Contemporâneo, 2002), edição fotográfica (Jornal Universitário do Porto, 2003-2004), reportagens fotográficas (Festival de Trebilhadouro, 2005, 2007 e 2009), entre outros. Tem vindo ainda a ministrar formação em fotografia na instituição Espaço T.

domingo, 3 de outubro de 2010

Santiago de Compostela - Afro Modern

Patente ao público até ao dia 10 de Outubro no Centro Galego de Arte Contemporánea (CGAC) está a exposição "Afro Modern - Journeys Through the Black Atlantic". O CGAC, um espaço moderno e agradável da autoria do arquitecto português Siza Vieira, dirigido pelo igualmente português Miguel von Hafe Pérez, apresenta esta exposição dividida entre dois pisos, cheios de surpresas ao longo da visita. Iniciando o percurso pela sala que se apresenta à direita rapidamente damos de caras com uma obra de Picasso (Buste de femme, 1909) numa sala aparentemente formal e com obras de tons quentes, remetendo o visitante para uma África negra, sedutora e misteriosa. Passamos por obras de Edward Burra, Palmer Hayden, Aaron Douglas, Tarsila do Amaral e Pedro Figari, entre outras. Continuando o percurso é possível ouvir Caetano Veloso saindo do escuro de um recanto, acompanhando um momento de uma vídeo-projecção. Wifredo Lam e Arthur Bispo do Rosário também marcam presença. Saltando para o 1º piso, surge-nos uma outra África, moderna, contemporânea, provocadora. Ali perfilam-se obras de Frank Bowling, DAvid Hammons, Jean-Michel Basquiat, Christopher Cozier, Ellen Gallagher, Isaac Julien, Lorna Simpson, Chris Ofili, ...
Vale bem a pena a visita. Se passarem em Santiago de Compostela, em ano de Xacobeo, não deixem de dar lá um salto.


Pablo Picasso, "Buste de femme", 1909, óleo sobre tela.
Edward Burra, "Harlem", 1934, tinta e guache sobre papel.


Palmer Hayden, "Midsummer night in Harlem", 1936, óleo sobre tela.
Tarsila do Amaral, "Morro da favela", 1924, óleo sobre tela.


Aaron Douglas, "Aspects of Negro life: The Negro in an african setting", 1934, óleo sobre tela.
Pedro Figari, "Candombe", 1921, óleo sobre tela.


Frank Bowling, "Who is afraid of Barney Newman", 1968, óleo sobre tela.
David Hammons, "The Door (Admissions Office)", 1969, madeira, folha de acrílico e pigmentos.


Jean-Michel Basquiat, "Native carrying some guns, bibles, amorites on safari", 1982, acrílico e óleo sobre papel montado em tela e madeira descoberta.
Ellen Gallagher, "Bird in hand", 2006, óleo, tinta, papel, sal e folha de ouro sobre tela.


Christopher Cozier, "Tropical night, 2006 até à actualidade, tinta, grafite e selos sobre papel.
Ellen Gallagher, "DeLuxe", 2004-2005, técnica mista.


Lorna Simpson, "Photo Booth", 2008, 50 retratos de fotomatón e 50 desenhos a tinta sobre papel.
Lorna Simpson, "Photo Booth" (detalhe), 2008, 50 retratos de fotomatón e 50 desenhos a tinta sobre papel.


Wifredo Lam, "Ibaye", 1950, óleo sobre tela.
Chris Ofili, "Double captain shit and the legend of black stars", 1997, técnica mista sobre tela.


Isaac Julien, "Cast no shadow (western union series no. 1", 2007, imagem duratran em caixa de luz.
Arthur Bispo do Rosário, "Capa de Exu", s.d., pano, fio, acetato, lã e vidro.

Fotografia © Nuno Ferreira
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Photography © Nuno Ferreira
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Évora - Rostos de Roma

Fechou hoje ao publico a exposição "Rostos de Roma", patente no Museu de Évora numa organização conjunta deste com o Museo Arqueológico Nacional de Madrid (MANM). Tive oportunidade de a ver há duas semanas atrás, numa passagem por aquela cidade, e como já havia mencionado no post anterior, gostei imenso do museu e esta exposição temporária não ficou aquém do esperado. Não se tratando de uma exposição extensa, as peças ali reunidas, cerca de 40, espelham bem a qualidade do trabalho escultórico romano e da colecção reunida pelo MANM. Como se podia ler à entrada da exposição, o retrato foi um elemento essencial da cultura romana. Tratava da imagem do poder e daqueles a quem este se associava revelando simultaneamente a dimensão humana da população. O retrato romano representava todos, do patrício ao liberto, perpetuando memórias e contribuindo para a construção da identidade romana. Deixo-vos com algumas imagens.


Busto-retrato de Adriano, mármore, 66cm, 130 d.c..
Estátua sentada de Tibério, mármore, 89cm, 14-19 d.c..


Estátua sentada de Lívia, mármore, 177cm, 14-19 d.c..
Estátua sentada de Lívia como Fortuna, mármore, 125cm, 15-20 d.c..


Retrato de Septímio Severo, mármore, 33x25cm, 200-206 d.c..
Retrato de Lúcio Vero, mármore, 36x26cm, 161-169 d.c..


Lápide funerária, mármore, 127x69cm, 117-138 d.c..
Sarcófago com um retrato infantil, mármore, 50x195cm, 2º terço séc. III.

Fotografia © Nuno Ferreira
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