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domingo, 18 de dezembro de 2011

Museu Colecção Berardo: VIK

Até ao dia 29 de Janeiro podemos visitar a exposição VIK, a maior retrospectiva do artista plástico Vik Muniz realizada até à data. No Museu Colecção Berardo, Centro Cultural de Belém (Lisboa), encontram-se patentes ao público mais de uma centena de trabalhos representativos da trajectória artística do artista nascido em São Paulo em 1961, actualmente radicado em Nova Iorque. Utilizando materiais fora do convencional, Vik Muniz cria obras, registadas em fotografia, a partir de suportes tão diversos como papel recortado, sucata, chocolate, geleia, manteiga de amendoim e/ou algodão. Vik Muniz cria assim uma relação provocadora entre os materiais utilizados e as referências a obras emblemáticas como a “Mona Lisa” de Leonardo da Vinci que é desta feita recriada com geleia ou manteiga de amendoim. Nos últimos anos, Vik Muniz tem-se dedicado à criação de obras de grande dimensão, destacando-se as séries esculpidas na terra (geoglifos) e as feitas a partir de lixo e sucata.
Seguem-se algumas imagens da exposição.


Tomadas de vista geral da exposição.


Tomadas de vista geral da exposição.


Série "Imagens de Terra" - "Binóculo" (1997) e "Torso, baseado em Frantisek Drtikol" (1997) - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem (ambas).
Série "Diamante" - "Monica Vitti" (2004) e "Elizabeth Taylor" (2004) - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem (ambas).


Série "Earthworks" - "Earthworks" (imagens de Earthworks), 2002 - Prova de gelatina sal de prata colorida por viragem.
Série "Açucar" - "O pequeno Calist não sabe nadar" (1996); O Grande James sua muito (1996); Valentina, a mais rápida (1996); Jachynthe adora sumo de laranja (1996); Valicia banha-se com a roupa de domingo (1996); O colar de erva de Ten Ten (1996) - Prova de gelatina sal de prata (todas).


"Duas Bandeiras" (2007) - Prova cromogénea.
Série "Rebus" - "Alice Liddell" (2004) - Prova cromogénea.


Série Mónadas - Cavalo (2003) (pormenor); Soldadinho de brinquedo (2003); Velho Cheyenne (2003) (pormenor) - Prova cromogénea (todas).
Tomada de vista geral da exposição.


"Jackies" (ketchup), 1999 - Prova cibachrome.
"Mona Lisa dupla" (manteiga de amendoim e geleia), 1999 - Prova cibachrome.


Série "Lixo" - "Saturno devorando seus filhos" (2005) - Prova cromogénea.
Série "Caviar" - Frankenstein (2004) - Prova cromogénea.

Fotografia © Nuno Ferreira
É permitida a reprodução apenas para uso pessoal e educacional. O uso com fins comerciais é proibido.
Photography © Nuno Ferreira
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domingo, 2 de outubro de 2011

Porto - Sealife

Depois de visitar o Sealife no Porto fiquei com a vontade de partilhar aqui a minha experiência. Na verdade necessitei de uns dias para, a frio, fazer uma crítica mais isenta do que aquela que por certo sairia se tivesse elaborado este "post" nos dias seguintes à visita. Para quem conhece o Oceanário de Lisboa, ver este Sealife é algo como sair de Nova-Iorque para se meter em Braga. E recorro à imagem popularizada pelo saudoso António Variações porque na realidade Braga tem muito que ver e adoro lá ir. Será como o Sealife se percebermos que este espaço não é o Oceanário e que nem o pretende ser. Posto isto o que é o Sealife? É um espaço interessante para visitar em família, especialmente se tiverem crianças, e para ver alguns dos seres que povoam as nossas águas, desde os peixes mais comuns nos nossos rios, com destaque para o Rio Douro, às interessantes criaturas marinhas que percorrem os oceanos, como raias, tubarões e tartarugas. Uma critica menos positiva é o número reduzido de alguns espécimes. Um cavalo marinho. Uma tartaruga. Um gecko dourado. Um dragão d'água chinês. Assim parece um pouco pobre. E o preço das entradas não é assim tão baixo. Treze euros o bilhete de adulto e nove o bilhete reduzido (crianças até 12 anos, maiores de 55 e estudantes). Mas atenção que se comprarem o bilhete online o preço é substancialmente mais barato. Vale a pena efectuar a compra através da internet.
Resumindo e concluindo, não é uma má experiência, bem pelo contrario. O espaço tem imenso potencial e para famílias pode traduzir-se mesmo numa tarde bem passada.
Neste momento podem ainda encontrar a exposição temporária dedicada às Florestas Tropicais.
Deixo-vos com algumas imagens:






Peixe Vaca


Gecko Dourado
Dragão D'água Chinês

Fotografia © Nuno Ferreira
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domingo, 11 de setembro de 2011

Bienal de Cerveira 2011 - Convento SanPayo

A paragem seguinte na visita à Bienal de Cerveira foi o Convento SanPayo. Repousando no meio do monte sobranceiro a Cerveira, entre a paz e o silêncio que nos envolve, encontramos uma das exposições que compõem esta edição da Bienal. Esta "Poesia do Espaço" revela-nos uma faceta de José Rodrigues menos conhecida do público em geral. O mestre que fez parte do grupo "Os quatro vintes" e que criou as Fundações "Convento SanPayo" e "Fábrica Social", foi responsável pela criação de algumas das cenografias mais interessantes para espectáculos de grupos como a Seiva Trupe e o Teatro Experimental do Porto, entre outros. Nas palavras do actor Jorge Pinto, “O espaço cénico é um lugar de transformação das ideias. Assim o quis para si o Zé Rodrigues, na sua poética inspiração. Um contributo extraordinário.”
Deixo-vos com algumas imagens e com uma pequena peça jornalística da SIC.







Ver Bienal de Cerveira 2011 - Castelo de Cerveira AQUI
Ver Bienal de Cerveira 2011 - Fórum AQUI

Fotografia © Nuno Ferreira
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Bienal de Cerveira 2011 - Castelo de Cerveira

Até ao próximo dia 17 de Setembro ainda podem visitar a 16ª edição da Bienal de Cerveira. Dentro da linha habitual, esta edição apresenta uma variedade interessante de obras, entre artistas convidados e a concurso. Neste "post" deixo-vos algumas imagens de obras patentes ao publico no Castelo de Vila Nova de Cerveira. Aqui, para além do espaço agradável do próprio castelo, que vale bem a visita por si só, o visitante pode encontrar trabalhos de vários artistas como Pedro Figueiredo, prémio revelação da 12ª edição da Bienal (2003), Francisco Trabulo, prémio câmara municipal na 7ª edição (1992) ou Isaque Pinheiro, prémio aquisição na 15ª edição (2009). Deste último artista, saliento a interessante peça "A Medida de todas as coisas #2". Mas há muito mais para ver. A visitar.


Inês Osório - "Transferência de um corpo: registos de um processo" - Instalação, borracha preta, anilhas metálicas.
Paulo Neves - "Escada para o Céu" - Escultura, bronze.


Xurxo Oro Claro - "Cadeas" - Escultura, cobre.
Raquel Pedro - "www.portugalnarede.sem" - Peça tridimensional.


Ivan Grilo - "Desmemória 1" e "Desmemória 2" - Fotografia.
Cristina Guise - Série "Mar" - Pastel seco s/ lixa.


Francisco Trabulo - "Primeiras Notícias I" (detalhe) - Carvão e pastel s/ cartão prensado colado s/ madeira.
Cristina Abrunhosa - "Estavas assim (in memoriam)" - Escultura.


J. Ramon Moreno - "Echoes. Maniquí" - Impressão digital.
José Manuel Soares - "Quarto de vestir" - Fotografia.


Isaque Pinheiro - "A Medida de todas as coisas #2" - Madeira de cedro, bronze, tinta plástica e sisal.


Regina Costa - "Dreams" - Impressão digital s/ tecido Berger, almofada.
Pedro Figueiredo - "Menina de Babel" - Escultura, resina de poliéster.

Ver Bienal de Cerveira 2011 - Convento SanPayo AQUI
Ver Bienal de Cerveira 2011 - Fórum AQUI

Fotografia © Nuno Ferreira
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sábado, 30 de julho de 2011

Aveiro - Museu de Aveiro (Parte 1)

O Museu de Aveiro, instituído no antigo Convento de Jesus da Ordem Dominicana feminina, é formado por uma área monumental e pela exposição permanente. Foi ali instalado em 1911, por João Augusto Marques Gomes, o seu primeiro director. Ao longo do séc. XX, o Museu foi alvo de diversas intervenções, destacando-se as da década de 40. Em 2006, iniciaram-se as mais recentes obras de ampliação e requalificação do Museu, que culminaram em 2008, com a apresentação renovada da Exposição Permanente.

O Convento de Jesus, de Aveiro, foi fundado no séc. XV por D. Brites Leitão e D. Mécia Pereira. Autorizada a sua constituição por bula papal de Pio II em 1461, manteve a regra de clausura até ao séc. XIX. Nele se recolheu, em 1472, a infanta D. Joana, filha do rei Afonso V, local onde viria a falecer em 1490, tendo sido beatificada em 1673. A sua presença beneficiaria o convento com o legado dos seus avultados bens. Posteriormente, nos sécs. XVII e XVIII, acolheu uma escola de bordadeiras, às quais se devem muitas das peças guardadas no Museu. No contexto da reforma liberal, em 1874, data da morte da última religiosa, o convento dominicano de clausura é extinto e, em 1882, o edifício é entregue à Ordem Terceira Dominicana que o transforma em Colégio de Santa Joana. Com o advento da República, em 1910, o Colégio é extinto e a Igreja de Jesus e área contígua, é decretada monumento de interesse nacional.

A área monumental evidencia o traçado conventual, designadamente da Igreja de Jesus e do claustro, concluídos no séc. XVI, o estilo barroco do coro baixo, com o túmulo da Princesa Santa Joana, do coro alto e de diversas capelas devocionais, dos sécs. XVII e XVIII, e a fachada “apalaçada”, do séc. XVIII. Na fachada inscrevem três portais encimados por frontões, ostentando o brasão real no frontão do meio.
No interior da igreja destaca-se a capela-mor devido ao trabalho de talha dourada. O aspecto actual data dos finais do séc. XVII e XVIII. As paredes forradas com painéis de azulejos apresentam seis telas representando momentos da vida de Santa Joana Princesa. No tecto da nave podemos observar painéis com passagens da vida de São Domingos. Como testemunho do templo primitivo, ao lado do púlpito surge um arco gótico. A porta principal surge na lateral, como tradição dos conventos femininos, dada a existência do coro baixo.
No coro baixo da igreja encontra-se o túmulo de Santa Joana, peça com finíssimos embutidos de mármores italianos, o qual contou com o trabalho de vários artistas portugueses, devendo-se o seu desenho a Manuel Antunes, arquitecto régio. Esta obra terá sido iniciada em 1699, a mando de D. Pedro II, e só em 1711 ali seriam depositadas as cinzas da Infanta.
Entre a igreja e o coro baixo surge a Capela de Santo Agostinho, anteriormente sem ligação a este último. Ali está sepultado o 7º duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre (1667-1745). D. Gabriel era sobrinho de Santa Joana e grande mecenas do convento, pelo que solicita em testamento para ser ali depositado.
O edifício conserva ainda outros espaços da vida conventual tais como o átrio, local onde funcionava a portaria, o claustro, que conserva uma colunata renascentista, algumas capelas de estilo manuelino, decoradas com azulejos, e a sala do capítulo.


Túmulo de Santa Joana Princesa (coro baixo).
Pormenor do túmulo de Santa Joana Princesa.


Pormenor do túmulo de Santa Joana Princesa.
Pormenor do túmulo de Santa Joana Princesa.


Pormenor do túmulo de Santa Joana Princesa.
Pormenor do túmulo de Santa Joana Princesa.


Túmulo de D. Gabriel de Lencastre (capela de Santo Agostinho).
Pormenor do túmulo de D. Gabriel de Lencastre.


Altar-Mor da Igreja de Cristo.
Altar-Mor da Igreja de Cristo.


Pormenor do altar-mor da Igreja de Cristo.
Pormenor do tecto da nave central da igreja.


Pormenor na Igreja de Cristo.
Pormenor na Igreja de Cristo.


Pormenor na Igreja de Cristo.
Pormenor na Igreja de Cristo.


Tomada de vista dos claustros.
Tomada de vista dos claustros.


Sala do capítulo velho.
Pormenor do tecto na sala do capítulo velho.


Tomada de vista do refeitório.
Tomada de vista do refeitório.


Pormenor no coro alto.
Pormenor no coro alto.


Pormenor no coro alto.
Altar numa capela do coro alto.


Pormenor da estátua de N.ª Sr.ª e Menino.
Pormenor da estátua de N.ª Sr.ª e Menino.

Fotografia © Nuno Ferreira
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