quarta-feira, 20 de maio de 2009

Desenho e Graffiti - Arte ou Subarte?

No próximo dia 29 de Maio, estarei como convidado numa das Tertúlias do Palácio das Artes, subordinada ao tema "Desenho e Graffiti - Arte ou Subarte?". A tertúlia conta ainda com a presença de Acácio Leite, Alexandre Rola, Gustavo Teixeira, José Rodrigues, Manuel Sousa Pereira, Sílvia Simões e Tiago (aka Blast). Começa pelas 21:30. Apareçam!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mais um final de ano lectivo...


Não resisti a "postar" aqui esta imagem. Estamos no final de mais um ano lectivo e palpita-me que muitas cenas destas vão correr escolas e depois os pasquins sensacionalistas e os telejornais com falta de notícias a sério. E infelizmente sempre que se dá cobertura noticiosa a estas cenas apenas potenciam o surgimento de outras. Isto não é caso de jornais, é de policia. E de educação. Enganem-se se pensam que ajudam os filhos forçando notas que eles não merecem. Mais tarde só se forçarem as técnicas do centro de emprego ou as assistentes sociais, porque os patrões, esses não cedem a pressões dos papás e meninos maus não metem medo. O comic é francês mas podia bem ser português, não acham? C'est quoi ces notes? Hahaha!

sábado, 16 de maio de 2009

Noite & Dia dos Museus + Cadeia Aberta + Festa Na Baixa

Esta segunda quinzena do mês de Maio promete. Deixo aqui informação de três eventos a acontecer nos próximos dias, aliás, um deles a começar já hoje. Vou tentar acompanhar alguma da programação e a acontecer, colocarei aqui algum feedback se tal o justificar.
Começo por destacar o "Noite & Dia dos Museus" com uma programação interessante ao longo dos dias 16, 17 e 18. Procurem no PROGRAMA e certamente encontrarão algo que vos interesse.
Ainda dentro do espírito de celebração do Dia Internacional dos Museus, o Centro Português de Fotografia propõe no dia 18 um leque variado de actividades. De manhã, pelas 10:00, o Encontro Internacional "Territórios da Fotografia". De tarde, entre as 14:00 e as 17:00, temos disponível o Showroom de Equipamento Profissional Epson/Colorfoto, e entre as 15:00 e as 16:00 um ateliê de retoque e restauro de fotografia e leitura onírica de textos (what??... ok, talvez tenha piada). Pelas 16:00 há uma visita guiada por Nuno Miranda à exposição de vídeo e fotografia "Not from Concentrates". Para quem só pode ir à noite, o CPF propõe o espectáculo teatral "As Invasões Francesas, no Canto, na Dança e na Paródia".
Para terminar, há festa na baixa. Parece bem? Pois, o Centro Nacional de Cultura - Núcleo do Porto, apresenta o "FNB - Festa Na Baixa" entre os dias 20 e 23 de Maio. Consultem o PROGRAMA, bastante extenso por sinal. E divirtam-se!!

sábado, 9 de maio de 2009

Giotto em Pádua

No último dia da exposição "Giotto em Pádua - Frescos da Capela dos Scrovegni" realizou-se uma última visita guiada por Barbara Aniello que não estava programada. Felizmente tive a oportunidade de estar presente. Nem sempre os horários laborais se encaixam com os académicos mas por sorte tinha agendado estes dias livres para os dedicar ao estudo. E estas três horas e meia que direccionei para a visita (seguida da conferência de encerramento "Música escondida e numerologia secreta na Cappella degli Scrovegni") num misto de academismo e lazer valeram bem a pena. Devo começar por informar que os frescos não foram transportados por artes mágicas para o edifício da Reitoria da Universidade do Porto. O que lá estava era a reconstrução fotográfica (em forma de maqueta à escala 1:4) produzida por Giorgio Deganello. E por ter essa forma, quando soube pela primeira vez da exposição fiquei um pouco renitente em ir. Erro meu se tal acontecesse. A reprodução, sendo isso mesmo, não deixa mal o original e permite-nos sentir um pouco do que a última será na realidade. Confesso que fiquei com muita vontade de fazer uma rápida viagem a Pádua só para a ver na sua forma original. A visita foi bem conduzida por uma simpátiquíssima Barbara Aniello e só foi pena que o número considerável de aderentes à mesma tivesse dificultado a movimentação naquele espaço reduzido. Relembro que a escala da reprodução fazia de nós Gullivers em Liliput. A conferência que se seguiu surge como interessante complemento à visita anterior, revelando alguns aspectos, direi eu subjectivos, face à obra de Giotto. Infelizmente não posso recomendar a visita pois a exposição terminou, mas se tiverem a oportunidade de a ver num outro local (é itinerante) não a percam. Como última nota partilho convosco o seguinte. Durante a visita dei por mim a pensar que durante centenas de anos a Igreja Católica propositadamente mantinha os crentes num estado relativamente baixo de cultura, informação, conhecimento... Se não conheceres mais do que tens à frente dos olhos (e mesmo assim muitos não parecem ver o que se encontra debaixo do nariz) não questionas o que te dizem. Tornas-te amorfo e fácil de controlar. O temor a Deus e à Igreja era fácil de conseguir e os crentes multiplicam-se sem dificuldade. Mas no séc. XXI não me parece que assim seja. Nas últimas décadas a sociedade recebeu uma imunização geral que se estendeu à crença religiosa. Tudo é questionável, incluído Deus. Contudo sinto que, pela cultura, pela arte, sou elevado a um nível de espiritualidade que sem ela não tenho. Será que o reencontro com Deus poderá ser feito pelo sentido contrário. Quanto maior for a sensibilidade para a arte, a cultura, o conhecimento, maior a predisposição para aceitar um lado espiritual, chegar a Deus? Pequenas ideias que viajam nas minhas sinapses, saltando de neurónio em neurónio.

Deixo-vos aqui mais algumas fotos tiradas na exposição, a pedido da Adoa. Enjoy!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Em memória de Vasco Granja

Não queria deixar de escrever uma entrada neste blog acerca do falecimento de Vasco Granja. Confesso que quando miúdo não tinha particular interesse pelos desenhos e bonecos animados que o saudoso Vasco Granja trazia até mim. Sou produto pós-revolução, teenager das sitcoms americanas. Ainda me lembro do primeiro episódio dos Simpsons que deu em Portugal, e logo com honras de horário nobre. Sou um porco capitalista que olhava para aqueles produtos da europa de leste com olhar desconfiado. Ainda assim, recordo com saudade aquele senhor, de voz calma e doce, que de olhos brilhantes apresentava este e aquele programa seguinte "made in" Checoslováquia. Acho que é em grande parte culpa dele que sem hesitação sei que existiu uma Checoslováquia. Devo dizer-vos que sou um grande defensor do serviço público na televisão. E Vasco Granja era serviço público. Não obstante a minha preferência por desenhos animados japoneses, dobrados em francês e legendados em português (quem se lembra das "Misteriosas Cidades de Ouro"?) via Vasco Granja... e como o ditado diz "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Por tudo isto, o meu obrigado amigo Vasco Granja!