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sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago

Última hora: Morreu José Saramago. Foram estas as palavras no ecrã de uma televisão muda que, correndo ao longo do monitor, informavam quem ali estava da notícia da morte do escritor. E não queria deitar-me sem escrever aqui algumas palavras de pesar. Saramago entrou na minha vida alguns anos após a entrada na vida de muitos portugueses aquando do infeliz incidente "Sousa Lara". Infelicidades à parte, lembro-me de ter arriscado ler "O Memorial do Convento" alguns anos depois, teria eu uns 18 anos, mais ano, menos ano. E lembro-me de ter gostado muito. Confesso que lutei com as primeiras 10 páginas, mas depois deixei-me levar pela estória, pelas personagens, por Saramago. Foi como o entrar numa Catedral, em que os primeiros instantes são de escuridão até nos habituarmos à luz reduzida, para depois nos maravilharmos com o interior majestoso, com a talha dourada, com os vitrais, com as esculturas, com o silêncio e com os ruídos. Acho que os livros de Saramago também vivem de silêncios e de ruídos.
Tive apenas o prazer de o ver uma vez, em terras americanas, por estranho que pareça. Saramago andava por lá em apresentação do "Todos os Nomes", recém traduzido para inglês, alguns anos após o Nobel. E o auditório estava cheio. De pé encostado à parede atrás da última fila segui a conferência num misto de matar saudades de casa e recordar o livro lido pouco tempo antes. Aliás, "Todos os Nomes" foi o segundo livro que li dele. Muitos me faltam ler. Tempo haverá para isso. Saramago é intemporal pelo que, se tiver que ser, hei-de acabar de o ler aos 87, a idade do escritor à data da sua morte. Até sempre Saramago. Não é um adeus, pois Saramago existirá sempre em cada página da sua obra.

domingo, 14 de março de 2010

Leitura(s)

Para quem acha que ler é um prazer mas que os livros estão cada vez mais caros, esta pode ser uma boa notícia. A livraria Leitura (no C.C. Cidade do Porto) tem à venda uma série de livros a preço convidativo. Eu já trouxe para casa alguns que me pareceram interessantes. Comecei por ler "Delitos de Amor" de Maria Mercè Roca, galardoado em 2000 com o Prémio Ramon Llull. Na fila de espera encontram-se "A Lâmina na Alma" de Marc Trillard, "Mulheres e Homens" de Richard Ford, "Passa lá um rio" de Norman Maclean, "Os santos inocentes" de Miguel Delibox, "O jogo da forca" de Imma Turbau e "A vida deste rapaz" de Tobias Wolff, todos eles editados pela Teorema. E tudo isto pelo total de 7.5€. Aproveitem. E boa leitura.