quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Por falar em fotografia...

Nos próximos dias vamos ter programa repleto de fotografia. Já amanhã, 25 de Fevereiro, temos a inauguração de duas exposições no Museu da Imagem em Braga, ponto de passagem obrigatório sempre que me desloco àquela cidade. Patente ao publico estará "Electricity" de António Júlio Duarte e "East Coasting" de Rodrigo Amado (na fotografia), exposições que ficarão até 28 de Março. No sábado, 27 de Fevereiro, estaremos à conversa com Maria do Carmo Serén no Centro Português de Fotografia sobre "Do 31 de Janeiro ao fim da Monarquia". No sábado seguinte, igualmente no CPF, inaugura a exposição "Lugares Alentejanos na Literatura Portuguesa". Bons motivos para sairmos de casa, pese embora a chuva e o frio que se fazem sentir lá fora.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Fantasporto

Mais um ano, mais um Fantas. Aqui está o sempre aguardado festival de cinema fantástico. Bem sei que há muito que é o Festival Internacional de Cinema do Porto, mas gosto de o recordar como de Cinema fantástico. E fantásticas eram as sessões no velho Carlos Alberto com colunas de uns dois metros para que o som chegasse ao fundo da sala. Gritos e risos nervosos misturados com gargalhadas soltas. Sangue a rodos versão ketchup. Agora a coisa é outra. O público é outro. Mas sabe sempre bem ir ao Fantas, quanto mais não seja ansiando por sentir um gostinho que me ficou na memória e insiste em permanecer. O cartaz diz 27 de Fevereiro a 6 de Março mas há programação entre o dia 22 e o dia 7. Consultem o site do festival para acompanharem a programação. Eu vou tentar não faltar.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Single Man - Um Homem Singular

Fui ver ontem este filme a convite de duas amigas com quem não estava já há algum tempo. Não sabia sequer o que ia ver. No entanto, apesar do ataque às minhas capacidades olfactivas através do cheiro a perfume que vinha da fila de trás pelo lado esquerdo e do cheiro a mcdonalds pelo lado direito e à minha audição com a respiração forte e os comentários ao filme vindos das mesmas bandas, gostei do filme. Não sei se a tradução de "single" para "singular" foi a mais apropriada e cheira-me aqui a uma opção discreta para a verdadeira temática do filme. Durante 101 minutos seguimos a história de um homem, um professor inglês a dar aulas nos EUA que recebe a notícia da morte do seu companheiro de 16 anos. Ora se a questão ainda é sensível nos nossos dias imaginem nos anos 60 de uma América que vive com medo da própria sombra (em plena crise dos mísseis de Cuba). O filme desenvolve-se com alguns flashbacks da relação de George (Colin Firth) e Jim (Matthew Goode) e com o desenrolar de um dia que podia ser apenas mais um igual a tantos outros mas que era aquele em que George tinha decidido terminar com a vida. A intrometer-se nos planos temos Charley (Julianne Moore), a amiga e confidente que em tempos podia ter sido algo mais, e o jovem aluno de George, Kenny (Nicholas Hoult). Gostei bastante da interpretação de Colin Firth e de Julianne Moore, actores seguros e de méritos reconhecidos. Gostei também do jovem Nicholas Hoult que deixou-me com a sensação de o conhecer de qualquer outro filme e que ao chegar a casa confirmei ser do "About a Boy" com o Hugh Grant. Digamos que já não é nenhum "boy". Uma promessa para o futuro por certo. Não conto mais do filme para não perder piada, mas recomendo vivamente.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Os segredos da Capela Sistina

Oferecido pela minha querida amiga Elsa pelo meu aniversário do ano passado, só agora consegui pegar neste "Os segredos da Capela Sistina - As mensagens proibidas de Miguel Ângelo no coração do Vaticano". Ainda estou no início do livro mas já deu para perceber que os autores, Benjamim Blech e Roy Doliner, apresentam aqui uma proposta para interpretarmos os trabalhos da capela pelo prisma, possível, de neles estarem presentes referências ao judaísmo e de algum modo, assim, conseguirem criticar o papado de Sisto IV. Conhecido pelo meu cepticismo, tenho alguma dificuldade em aceitar de imediato teorias que dificilmente são confirmadas ou que no mínimo facilmente encontramos elementos para avançarmos pelo caminho oposto. Ainda assim é um exercício interessante para se fazer, em especial para quem deve manter o espírito aberto, até porque nesta área nada é certo. E sempre me deixa a pensar quando é que vai dar para ir a Roma... bora lá?