domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Single Man - Um Homem Singular

Fui ver ontem este filme a convite de duas amigas com quem não estava já há algum tempo. Não sabia sequer o que ia ver. No entanto, apesar do ataque às minhas capacidades olfactivas através do cheiro a perfume que vinha da fila de trás pelo lado esquerdo e do cheiro a mcdonalds pelo lado direito e à minha audição com a respiração forte e os comentários ao filme vindos das mesmas bandas, gostei do filme. Não sei se a tradução de "single" para "singular" foi a mais apropriada e cheira-me aqui a uma opção discreta para a verdadeira temática do filme. Durante 101 minutos seguimos a história de um homem, um professor inglês a dar aulas nos EUA que recebe a notícia da morte do seu companheiro de 16 anos. Ora se a questão ainda é sensível nos nossos dias imaginem nos anos 60 de uma América que vive com medo da própria sombra (em plena crise dos mísseis de Cuba). O filme desenvolve-se com alguns flashbacks da relação de George (Colin Firth) e Jim (Matthew Goode) e com o desenrolar de um dia que podia ser apenas mais um igual a tantos outros mas que era aquele em que George tinha decidido terminar com a vida. A intrometer-se nos planos temos Charley (Julianne Moore), a amiga e confidente que em tempos podia ter sido algo mais, e o jovem aluno de George, Kenny (Nicholas Hoult). Gostei bastante da interpretação de Colin Firth e de Julianne Moore, actores seguros e de méritos reconhecidos. Gostei também do jovem Nicholas Hoult que deixou-me com a sensação de o conhecer de qualquer outro filme e que ao chegar a casa confirmei ser do "About a Boy" com o Hugh Grant. Digamos que já não é nenhum "boy". Uma promessa para o futuro por certo. Não conto mais do filme para não perder piada, mas recomendo vivamente.

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