sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Melgaço + Lamas de Mouro

Ontem realizou-se mais uma das visitas do Clube UNESCO Espaço T programadas para este ano. Desta feita a visita foi a Lamas de Mouro, concelho de Melgaço, com o objectivo de percorrer o Trilho Interpretativo daquele local. Antes de lá chegarmos fizemos uma breve paragem em Melgaço mas que ainda permitiu ver a Igreja da Misericórdia, a Igreja Matriz, as Ruínas Arqueológicas e a zona do Castelo e Torre de Menagem. Pareceu-me uma localidade simpática e que vale bem a pena visitar com mais calma, coisa que o aparente horário apertado de ontem não permitia. De seguida, Lamas de Mouro, um almoço ligeiro e o desafio de fazer o trilho proposto. No caminho para lá, uma metamorfose atmosférica faz-nos entrar num universo de nevoeiro, num misto de floresta de "Blair Witch", segundo uns, e "Lenda do Cavaleiro sem Cabeça", segundo outros. De acordo com as informações recolhidas na Porta de Lamas, o trilho era fácil de fazer e estava perfeitamente assinalado. O grupo, já reduzido com algumas desistências, lá decidiu partir à aventura. Na passagem do ponto 1 vimos as indicações (um traço amarelo sobre um vermelho) a indicar o caminho. A confiança instala-se. O nevoeiro adensa-se. Chegamos ao canil do cão de castro laboreiro, o ponto 2 do trilho, uma construção em aparente abandono e onde, felizmente, não mora cão algum. A indicação do trilho está colocada (pintada) num poste de madeira e que se estivermos a olhar para o chão a ver onde metemos os pés nunca na vida a vemos. Seguimos confiantes para o ponto 3, uma ponte devoluta, junto a uma estrada que corta o terreno. A estrada encontramos, a ponte não, mas o trilho continuava do outro lado e lá fomos nós. Andar um bom pedaço e várias bifurcações não assinaladas. A maioria decide virar ligeiramente à esquerda numa delas e lá vamos ter a uma propriedade deserta de pessoas e animas, mas rica em aroma a estrume de cavalo. Volta para trás. A minoria decide agora tentar virar à direita e lá vamos nós ter a uma construção de madeira mas sem saída. Volta para trás outra vez. Chamada telefónica para a Porta a pedir indicações. Ao informar que na bifurcação já tentamos os dois lados respondem que devíamos seguir pelo outro (??). Sinais há muito que não os vemos. Voltar até ao ponto 3, passar por um grupo de motards em motos de cross e moto-quatro em pleno trilho, atravessar a estrada, seguir até ao 2, dar de caras com a top model que mostro mais abaixo e voltar ao 1 no meio de um nevoeiro que não permitia ver a mais de dez metros em alguns pontos do terreno. Valeu pela caminhada, um dos objectivos para fazer o trilho. Valeu por algumas fotografias. Valeu pela experiência e pelas risadas. Pensávamos ainda no estado em que estariam os outros trilhos do Parque Nacional Peneda-Gerês, indicados como encerrados ou em más condições e de realização difícil. Gostava muito de voltar a tentar fazer este trilho. Mas sem nevoeiro e com melhores condições de sinalização. Depois foi descer até perto de Melgaço e ver o sol a brilhar... ora bolas. Que batotice...






Fotografia © Nuno Ferreira
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Photography © Nuno Ferreira
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