quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ponyo - A saga de Miyazaki

E a saga de Miyazaki continua. Já me habituei a ver estes filmes de animação e a esperar por eles ansiosamente. No entanto ainda me surpreendem sempre que vejo um novo. Desta feita Miyazaki apresenta-nos um filme delicioso, aparentemente infantil, mas cheio de subtilezas. Logo no genérico inicial, a apresentação de uma proposta simples aparentemente fácil de realizar, deixa perceber uma mestria fabulosa na técnica utilizada. O traço característico de Miyazaki e equipa é perfeitamente visível, à imagem dos filmes anteriores. No entanto, nesta produção, Miyazaki não usa imagens geradas por computador, ao contrario do que vinha a acontecer nos últimos filmes. Não sei se é por isso que, com a sua simplicidade (tecnológica entenda-se), me agradou tanto este filme.
A estória é simples e despretensiosa. Não pretende ser mais do que é. Uma estória simples, com a recorrente alusão a um mundo (sobre)natural, de deuses/as ligados/as à natureza, num constante embate com o mundo moderno. Durante o filme acompanhamos Sosuke, um rapazinho de 5 anos, e Ponyo, um peixinho fêmea peculiar, filha de um bizarro personagem e de uma deusa do mar, que se transforma em rapariga de forma a voltar para Sosuke. No fundo uma estória de amor puro, incondicional, retratado como se visto, de facto, pelos olhos de uma criança de 5 anos. Os "gags" cómicos tipicamente japoneses também marcam presença.
É sem dúvida um filme a não perder. Confesso que saí da sala bem levezinho. Melhor que muita terapia feita em divãs.

Sem comentários:

Enviar um comentário