quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Saint-Étienne

Que posso eu dizer de Saint-Étienne? Ora bem, não é nada daquilo que estava à espera. Mas do que estaria eu à espera de uma cidade cuja história se fez na industria? A sensação com que fiquei foi de que em tempos Saint-Étienne foi uma cidade com algum vigor, com movimento. Agora parece ser apenas uma sombra do passado. Sombra como a que cobria os mineiros da mina de carvão. Com apenas um passo em falso e uma curva feita em direcção a uma rua secundária e ficamos em plena zona empobrecida, abandonada. A qualquer passo um restaurante turco ou similar com o típico "kebab", salvador a dado momento pois "kebab" é coisa que o meu estômago aguenta facilmente em comparação com algumas coisas que me são dadas a experimentar aquando em viagem. Aliás, o Islão é uma referência constante em Saint-Étienne, quer nos restaurantes, quer nas ruas e nos grupos de jovens rapazes de origens magrebinas ou nos das raparigas de lenço na cabeça. Contudo, o que podia ser interessante, pela multi-culturalidade, aparece como algo "exagerado", como se estivéssemos numa cidade que não uma do interior de França. Outra curiosidade é o de 80% do comércio estar fechado à segunda-feira. Como cheguei num domingo, não estranhei encontrar as lojas fechadas. É normal. Agora, segunda-feira estava reservada para conhecer um pouco a cidade e visitar algumas igrejas que encontrasse pelo caminho e os museus que conseguisse identificar, como é habitual nestas descobertas de cidade. Saio do hotel e começo a estranhar o pouco movimento pelas ruas e as lojas fechadas. Um olhar mais atento e verifico que na maior parte delas surge a indicação de abertas de "mardi" a "samedi". Ora bolas. Felizmente as igrejas ainda têm as portas abertas e os museus só fecham na terça. Por agora deixo algumas imagens das igrejas visitadas. Confesso que a que mais gostei foi logo a primeira, a Eglise Sainte-Marie. Construída sobre as ruínas de um convento datado de 1650, a igreja é aumentada em 1825. Em 1859 o arquitecto municipal, Etienne Boisson, realiza uma nova construção inspirada na Basílica de Fourvière, em Lyon. Destaco as três cúpulas e as pinturas interiores de inspiração romano-bizantinas. Ficam as imagens.


Eglise Sainte-Marie (fachada principal e fachada lateral)


Eglise Sainte-Marie (pormenor das três cúpulas e capela lateral)


Cathédrale Saint Charles (fachada e pormenor interior)


Cathédrale Saint Charles (tomada de vista nave lateral)
Cathédrale Saint Charles (tomada de vista geral do interior)


Grand'Eglise (pormenor fachada principal e lateral)

Fotografia © Nuno Ferreira
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Photography © Nuno Ferreira
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